29 de novembro de 2007

Hora do banho

Fim de semestre. Loucura, pânico, desespero, 967.426 trabalhos e provas para o mesmo dia. "Nada como um belo banho para relaxar", já diriam os comerciais. Go banho, pega a toalha no varal, roupa, sabonete. Hum, sabonete. Me deparei com duas caixinhas, uma amarela e uma rosa. Daí, a neurótica por letrinhas resolveu ler:

Lux Luxo Pink Fashion

Pink não é uma cor... É uma atitude! Lux te convida a ser mais pink todos os dias e entrar para o mundo que celebra os prazeres de sentir-se bela.

Modo de uso: Corra para debaixo do chuveiro e sinta uma explosão pink de perfume e feminilidade com este sabonete pink de beleza.

Atenção: Risco de encantar o mundo com excesso de feminilidade e atitude.

Medo de sair cor-de-rosa debaixo do chuveiro. Ainda mais eu que não simpatizo muito com a tal da cor. Tá, né, qual é o outro então?

Lux Luxo Brilhe! (sim, com ponto de exclamação no final)

As luzes se apagam, silêncio! Neste momento emocionante, você dá o seu primeiro passo no palco e surge um foco de luz gracioso. Um sabonete cintilante, que ao tocar sua pele com o brilho dos cristais e gotas hidratantes, provoca um aplauso silencioso. Divirta-se com a sensação luminosa e sinta-se admirada por todos.

Modo de uso: Para cintilar o mundo: corra agora mesmo para debaixo do chuveiro e vista seu corpo com este brilhante sabonete de beleza!

Atenção: Risco de maravilhar todos os homens ao seu redor e cegar outras mulheres.

Alguém me explica o que é aplauso silencioso? Imaginei a cena: abro o chuveiro, a água ali, quentinha, gostosa, relaxante. De repente, as luzes se apagam. Silêncio. A água começa a ficar gelada. Faltou luz. Dou o meu primeiro passo para fora do box e um foco de luz, fraco e gracioso, surge. É uma lanterna, provavelmente a CEEE arrumando a rede elétrica no poste da frente da casa. Eu, ainda com o sabonete amarelo na mão, espero o fim do conserto da rede para que eu possa terminar meu belo banho. A luz volta e eu bato palmas para comemorar, sem som algum, afinal eu estou com o sabonete cintilante amarelo nas mãos, e como sabonetes têm fixação por se atirar no chão, todo cuidado é pouco. E eu volto para debaixo do chuveiro, porque eu não quero ser admirada por todos, que no caso deveriam ser os caras da CEEE.

O sabonete amarelo cintilante tem um cheiro enjoativo de coco com sei-lá-eu-o-quê. E entre sair do banho parecendo bala de festa infantil e correr o risco de sentir uma explosão pink em pleno banho, optei pelo rosa mesmo.

Até agora eu continuo branquela. Ainda bem.

19 de novembro de 2007

Filosofias Teunenses III - Poemas no ônibus I

Vocação

Era uma vez uma flautista
Que além de ratos atraía
Homens baratos
Depressivos chatos
Amigas feias
Tarados incompetentes
Dentistas sádicos
Chefes obtusos
E visitas inoportunas
Cansada do azar, vendeu a flauta, comprou uma Glock 9mm e ficou milionária matando tempo e casos perdidos.

Ane Arduin
(Poemas no Ônibus - 15ª edição)

P.S.: Optei pelo "ou não". Música eu falo mais adiante, depois desse fim de semestre maldito. Ou não de novo. =P

13 de novembro de 2007

Só uma frase

Em breve eu volto a escrever. Prometo.

Enquanto isso, além da "nova cara" do Bologui, deixo aos meus pseudo-leitores imaginários uma frase que eu, só eu e mais ninguém aqui, entenderei:

"A consciência, a preocupação, a culpa e a paranóia estão ligadas, literalmente, ao peso que você carrega em suas costas."

Hasta luego.

Ouvindo Your Song - Ewan McGregor (porque eu prefiro Moulin Rouge a Elton John)