30 de outubro de 2009

O mundo...


...anda mesmo de cabeça para baixo.

25 de outubro de 2009

Aracnofobia

Terça, no sofá.
Quarta, correndo por cima do meu pé.
Quinta, abaixo da prateleira.
Sexta, na entrada do quarto.
Sábado, na porta da cozinha.

Onde estará a aranha de domingo?

20 de outubro de 2009

Poemas no ônibus III

FINGIR...

FINGIR
SER SIMPÁTICO
DEFORMA O ROSTO.

Ubirajara Alves de Oliveira
(Poemas no ônibus - 17ª edição)

7 de outubro de 2009

Ah, pois é

E chegou o grande dia em que eu finalmente cansei de pessoas!

People don't change, já diria o House. Eu sempre soube disso, mas né, não admitia e tentava fazer alguma coisa. E para quê? Absolutamente nada, tudo voltava à estaca zero e ficava eu me torturando de novo. Agora não, penso menos, cansei de ficar me preocupando com o que os outros estavam fazendo ou deixando de fazer. Os outros. Sempre os outros atormentando o cérebro alheio.

Aí eu me afastei de metade da família, metade que já se fechou na própria opinião há tempos e fica batendo na mesma tecla de que eu é que estou errada e nada de me escutar. E estou bem assim. Procurei minha irmã de coração, passei dias com ela e resgatei um tanto do que era bom da época em que a gente se via todos os dias. Conversar, se apavorar, rir de um monte de bobagens no meio disso tudo. Me estouro bem menos por bobagens, não desconto tanto em cima de quem eu gosto, coisa que eu fazia sem perceber. Mas continuo ficando enfurecida com os outros, isso é meio difícil de mudar...

Desisti de tentar entender. Fico aqui com meu cigarro, meu teclado pra tirar alguma música vezinquando, minhas músicas, meus filmes, minhas séries, minhas aulas três vezes por semana e meus finais de semana em casa. E estou muito melhor do que a maioria das pessoas pensa.

E o mais legal disso tudo é que, mesmo que eu fale isso mil vezes, repita eternamente que eu - finalmente - estou bem comigo mesma, todo mundo ainda vai parar e dizer "naaah, ela não está bem, vamos tentar ajudá-la" e aí começa tudo de novo, todo mundo metendo o nariz onde não foi chamado.

Tudo bem, acostumei. E aí sim, eu me estouro. E viro anti-social.

O que, no fundo, era o que eu queria.