29 de julho de 2007

A volta e a perfeita perfeição

Debate antigo
(Do baú)

(...) Genética x cultura, hereditariedade x influência do meio... É um debate antigo que nunca se resolve. Por que certas pessoas "dão" para certas coisas, e outras não? Mais especificamente, por que eu sou em zero em matemática enquanto tantos à minha volta não só sabem fazer contas como gostam? Meu cérebro já nasceu decidido a rechaçar qualquer tentativa de introduzirem nele a raiz quadrada ou isso foi uma decisão minha que ele acatou? O fato é que há pessoas que querem ser dentista desde pequenas, e outras que não apenas não concebem como alguém possa ter uma vocação assim como precisam se controlar para não morder o seu dedo. Seja por influência do meio ou por compulsão genética, o fato é que a partir de uma certa idade nós todos sabemos se queremos abrir barrigas ou não. Estabelecida qual das duas raças é a nossa, podemos escolher entre as opções de cada uma. O que não impede mal-entendidos. Lembro como eu gostava daqueles problemas matemáticos com historinha, tipo "Se um trem sai de uma estação a tal hora viajando a tantos quilômetros por hora e outro sai de outra estação a tantos quilômetros de distância na mesma hora e na mesma velocidade mas o maquinista precisa passar em casa e perde cinco minutos..." ou "Se uma mãe tem três pedaços de laranja para repartir entre cinco filhos...". Cheguei a pensar que meu cérebro gostava de contas e minha vocação era para as ciências exatas, até me dar conta de que eu não gostava da matemática. Gostava das historinhas. (...)

Luis Fernando Verissimo
Zero Hora - 29/07/2007


Enfim, final das férias, a volta para o mundo hoteleiro, cheio de Teorias e Práticas Operacionais e Planejamentos dos Meios de Hospedagem e Serviços de Alimentação... É, né, fazer o quê? Realidade chatinha essa, maaaas enfim...


Vamos ao título redundante (de uma guria muito redundante): o show, o show! Quarta-feira foi totalmente atípico. A começar pelas fritas no Bells vazio, onde tocava música dance. MÚSICA DANCE NUM BELLS VAZIO!!!! Mas tava bom, só estranho... Daí veio o Teatro Renascença, cheio de senhoras e senhores estilinho high society, com seus casacos de pele, pouca gente mais jovem. E um casal de jaqueta, mochila nas costas, jeans e All Star: o Rick e eu. Um baita de um frio e pessoas distrubuindo taças de champagne para quem esperava na fila. CHAMPAGNE NA FILA!!!! Olha, estranho, mas tudo perfeito...

E daí veio o show do Nico Nicolaiewsky. Perfeito. Muito perfeito. Duas cadeiras na primeira fila da lateral direita, só duas, ali, sozinhas, esperando o casal que completava 141 dias na ocasião. Tá, ele não tocou Feito um Picolé no Sol, mas bah, tava tri, muito tri...

O Fito de segunda ficou pro Marlon (o último sortudo a conseguir ingresso) e pra Belle. E a semana que vem pela frente vai ser cheia, very cheia, com aula de carrinho, hotel e trabalho. E eu preciso sair, chega de finais de semana socada nesse quarto!!! Diga não à gripe!!

Quarto semestre. Ano que vem eu me formo em Hotelaria. Enquanto o ano que vem ainda continua sendo o ano que vem, é hora de se preparar psicológicamente pra ter aula com o Nardi, inglês de noite e francês no sábado... (Je m'appelle Fabiana Gomes, j'ai dix-huit ans et j'étudie Hotellerie. - um dia eu saio disso)

Ouvindo La Luna Llena - Ira!. Nhééé passei a semana baixando cds na Setur =P

22 de julho de 2007

Acho que era julho...

(Aviso aos navegantes internéticos: esse é um post meio nhé. Quem não estiver com saco de ler um pedaço das minhas crises psicóticas, tem o direito de dar meia volta, right?)

Acho que férias era tudo o que eu precisava e tudo o que eu não queria. Ok, ok, eu tinha que descansar, eu tava ficando louca (mais do que o normal) e a crise-de-fim-de-semestre dessa vez foi grande. Mas férias também não me fizeram tão bem quanto eu (não) esperava. Ao menos em parte.

Fazia tempo que eu não ficava assim, tanto tempo sozinha no meu quarto, sem ninguém pra conversar até altas horas, só ouvindo música e deu. O bom é que agora é diferente porque eu tô feliz. Só que ficar sozinha me dá saudade e me faz pensar demais, e sentir saudade não é legal, muito menos deixar o meu cérebro pensar sozinho.

O tão famoso Dia do Amigo passou. Do meu "círculo de amizades", eu só ouvi a voz de duas pessoas, sendo que um deles é o meu namorado. E nas madrugadas aqui parada, eu senti falta das pessoas que me entendem, que sabem lidar com as minhas crises existenciais sem sentido que aparecem de vez em quando (geralmente quando tô de férias). Pessoas que não mais me leem. Pessoas que eu não as leio mais. Pessoas que não mais as vejo. Pessoas com as quais eu me preocupo e eventualmente é que tenho notícia delas. Pessoas que certamente nem lerão o que estou escrevendo aqui.

Saudade daquela gente que sentava na frente da igreja depois da aula, ou na árvore, ou que parava no meio do pátio em pleno verão, torrando no sol pra ser do contra. Das conversas ao vivo, e não por MSN. De conviver mais com aquelas pessoas que sabem quem são.

E ao mesmo tempo, dá vontade de apagar um monte de coisas que aconteceram na vida sem necessidade nenhuma de terem existido. Vai entender...

O que importa é que eu estou feliz. Chega a ser estranho, mas é tão bom... E não adianta, dispositivos cerebrais, desistam de me atucanar!

Felicidade. Quase vinte semanas de felicidade comprovada.

E esperando o show do Nico Nicolaiewsky na quarta!

Ouvindo In The End - Linkin Park. E Radiohead, Nenhum de Nós, Coldplay e Nirvana - porque eu não faço muito sentido nessas horas...

16 de julho de 2007

Dia Mundial do Rock - Stones Bar

Tiago diz:
tipo, " concorrendo pelo Guaiba Country e representando Eldorado, ela a garotinha dos cabelos lisos e pequeninha, mais parecendo uma linda garotinha da oitava série do primeiro grau... FABIANA!!!"
Tiago diz:
uuuhuuuuuu!!
Tiago diz:
e um viva pra garota Eldorado!!
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Fabiana sou eu. E esse aí é o Tiaguito.

Sexta-feira 13, mês de julho. Aniversário do meu pai, Dia Mundial do Rock (yeaah, meu pai é foda! E colocou no mundo uma garota - eu, tá? - no mesmo dia do aniversário do Raulzito. Mazááá!!) e show de aniversário do Tiago (que nasceu no dia do padeiro, hehehe), tocando clááássicos do rock gaúcho.

Foi durante um mês o meu grande dilema: como eu vou fazer pra conciliar dia do aniversário do pai / trabalho / níver do Tiago? Mas tá, no fim eu troquei com o Bichinho e ganhei uma semana de férias. Daí ao invés de ficar com o pai, dormi o dia inteiro, mas isso é detalhe. O que importa é que eu consegui ir no show.

Cheguei na rodoviária e tocava Amigo Punk no rádio (agora finalmente com um fone no celular). Rick, casa da Nádia, fotos, gravações, risadas, Chai chegando às onze e cinco, a gente saindo às onze e quarenta e dois (nhaai...), Stones Bar às onze e cinquenta e cinco. Marlon e Belle no sofá, Tiago dando olá pra quem chegava, Mari Magali e Siane sendo constantemente abraçadas pelo Mafu (acho que é isso. Bem, é o cara feliz que abraça as pessoas), Keny usando de óculos de grau (e eu não a reconheci na hora), Mau Mau, Chai iluminada pela luz negra, Fabi e sua calça psicodélica (por que minha calça fica com desenhos estranhos na luz negra??), Rick com seu casaco que um dia foi de esquimó (palmas para o zíper que permite tirar os pelinhos do tal do capuz do casaco de esquimó), Tuta pulando, pulando e pulando.

Noite bacana, muito bacana. Ligante Anfetamínico (ahm... é, eu não gostei), Os Horácios (banda do Tiago, link ali do lado) e Liverpulgas (Beatles!!! Aaaaaaaaaaaaaaaaah!!! Tá, parei). O lugar é tri bacana, as músicas, as pessoas... Enfim, perfeito. Com direito a ver o Marlon e a Belle dançando "I Saw Her Standing There" - a música da vez a rolar no quadrinho aí do lado. E ver o Tiago dedicando "Sexo, Algemas e Cinta-Liga" pra Mari Magali e cantando "bom, bom, bom faz aquela loira Siane na sacada do edifício". E eu cantando - ainda que minha voz não se escute - Beatles e Cascavelletes com o Rick (baaah, Sob um Céu de Blues de novo... nhaaaai... ok, só eu entendo). E matar um pouquinho da saudade que eu tava da Keny e das pessoas que tavam lá.

Perfeito, muito perfeito.

Saimos de lá no fim do fim. Seis da matina. Tchau pra srta. Belle, pro Marlon e depois pra Chai. Dormi, meio que acordei, dormi de novo e acordei mesmo. Troquei o celular da mãe, alimentei-me e vim pra casa. Foi aí que encontrei a Rita, que me convidou pra ir no Carnaval de Inverno, no sábado mesmo. Aaaah não, nada de festas em Ratos, ao menos não agora. Acabei indo dormir de novo só às 4 da matina, o que deu na mesma em relação ao sono... Dormi o dia inteiro, ainda sinto sono, e fiz o tal de last.fm. E, conversando no msn, é que surgiu o agradecimento do Tiaguito, seguido das frases lá de cima.

Numa próxima, estamos aí, seu Tiago!

Agora é tentar começar a auto-escola e esperar dia 19. Pra quê? Pra comprar os ingressos dos shows do Nico Nicolaiewsky e do Fito Paez no Festival de Inverno de Porto Alegre.

Espero que tudo dê certo...

Ouvindo Cão e Cadela - Os Cascavelletes. Meeeu deus...

5 de julho de 2007

Filosofias Teunenses I - Os Esquimós

Hã?

Dicionário da Fabi - Letra T

Teunense= Derivado de "T1", linha de ônibus da Carris, que eu pego todo dia pra ir pro trabalho e que o Tuta pega pra ir pra casa e pra PUC. Isso quando ele não dorme no meio do caminho e acorda no Iguatemi.
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Indo pro trabalho esses dias, em um ônibus que tava entulhado de gente, mais do que o normal, eu comecei a reparar nas pessoas. Por enquanto, nenhuma novidade e nenhuma anormalidade. Até que, no banco da frente do meu, vi que duas gurias estavam com o mesmo modelo de casaco. (moda é foda) Daqueles que tem pelinhos em volta de um capuz, que geralmente serve de enfeite.

Aí começou a filosofia: qual é o objetivo de um capuz cheio de pelinhos se ninguém o usa? Uma jaquela impermeável com capuz de enfeite? Até então, nunca tinha visto alguém andando por aí com o tal do capuz enfiado na cabeça, com exceção de uma guria na PUC ("Olha, um esquimó na Famecos!") que tomava seu café cedo da matina.

E eu não tenho uma jaqueta de esquimó.

Bem, e também não sinto falta nenhuma de ter uma jaqueta de esquimó pra andar no inverno porto-alegrense. Mas cheguei à seguinte conclusão: se eu tivesse a tal da jaqueta de esquimó, com seu respectivo capuz de pelinhos na borda, eu andaria sempre com o capuz na cabeça. Iria pra faculdade, pegaria ônibus, tomaria café, faria prova, trabalharia, namoraria, iria ao supermercado (mesmo que eu não vá), tudo, absolutamente tudo, com o capuz na cabeça, parecendo um esquimó andando por aí.

Nesse dia eu cheguei na Setur e encontrei o Bichinho com uma jaqueta branca de esquiar (é, tava frio) com esses pelinhos no capuz. E a Ana também. E milhares de pessoas depois disso já passaram por mim, algumas até com o capuz pra proteger a chapinha da garoa.

Os esquimós estão invadindo Porto Alegre.

Estranho isso.

(Post totalmente psicodélico. O post nº 6... Enfim, só esperando a agenda de shows que eu não vou ter money pra ir em todos que eu quero do mês!! \o/)

1 de julho de 2007

Sincronizadamente

Da série: "Coisas estranhas que acontecem com o tal do nº 42"

(Pra quem ainda não sabe do que eu to falando, pergunta pra esse cara aqui ou pra esse aqui. Ou pra mim, mas meu "conhecimento de causa" é mais restrito)

Sexta-feira, Secretaria de Turismo. Tudo na mais perfeita calma, já que Porto Alegre seguia a tocha do Pan e mais da metade da Setur tava por lá, embaixo de um liiiindo boneco-inflável-mais-do-que-gigante do Cauê (bãi). Bem, isso não vem ao caso. Um senhor, de camisa amarela, chega à recepção, pedindo um mapa rodoviário atual do RS e a recepcionista, Inaiara, me liga perguntar se tinha. Não tinha. Enfim, levei um super-atualizado de 2005. Mas isso também não vem ao caso.

Entreguei o mapa e fiquei um tempinho por ali, e o senhor de camisa amarela falando sobre purificação de roupas e afins. Setur vazia, resolvi ficar mais um pouco, pra ver até onde ele ia com aquilo. E ele foi até a tal de Radiestesia, que é o que ele faz. Ele olhou pra Inaiara e perguntou:

- Quer fazer uma consulta agora?
- Quero.

Nisso eu me escorei na mesa, decidida a ficar até o fim. O cara tirou um saquinho de veludo do bolso e, de dentro dele, um pêndulo dourado. Perguntou algumas coisas pra Inaiara e começou a resmungar uns negócios estranhos, olhando pro pêndulo que balançava acima do mapa que eu tinha acabado de entregar. E nós duas com cara de paisagem, esperando. Ele deu o "diagnóstico espiritual" e eu vi a expressão do rosto da Inaiara mudar. Ele tinha acertado.

- Quer fazer também?
- Ahm... (pensando: "putz, e agora? Nhá, não tem nada pra fazer no DIT agora mesmo") Tá, quero.
- Qual teu nome?
- Fabiana
- Tem namorado?
- Tenho, quase quatro meses.
- Tá, então eu vou ver como anda o relacionamento de vocês, pode ser?
- Ahm... pode...

Continuei eu apoiada na mesa, com minha cara de paisagem, só que com uma dormência esquisita nos ombros. E o cara ali, resmungando com o tal do pêndulo. E terminou meu "diagnóstico espiritual":

- Tu sabe, Fabiana, é muito interessante teu caso. Faz muito tempo que eu não vejo algo assim. Existe uma sincronia entre relacionamento e vivência, e é muito difícil que essas duas coisas mantenham uma média boa. E vocês dois têm isso, o relacionamento de vocês e a vivência estão juntas, e quase sempre, na maioria dos casais, cada uma é bem separada da outra. Vocês não, vocês têm uma média muito boa das duas, assim, numa escala de 0 a 100, vocês têm uns 42%... É muito bom isso, viu? Muito bom, Fabiana...

O celular dele tocou depois de ele terminar de falar sobre mim e ele desceu, dizendo que volta um dia desses pra buscar o mapa de 2007. Eu e a Inaiara, que também sentiu a tal dormência esquisita nos ombros, não sabemos o nome dele, quem é, de onde é, nada. Maaaas enfim...

Depois disso, noite bacana no Cavanhas 274 (cláááássico!), pra comemorar meu níver atrasadinho em um dia, com o Rick, o Marlon e sua respectiva primeira-dama Belle. Muita risada (oooopaaa!!), parabéns desregulado, fritas, Coca-Cola Zero e até o mestre José Cláudio no meio disso tudo. Valeu a pena. Temos que fazer isso mais vezes.

Brigadinha pelos comentários.

E finalmente férias. Nada de artigos e nem planos de marketing. Só falta entregar o relatório de estágio e que venha o 4º semestre! (ah, não, Paulo Nardi de novo não...)


Ouvindo o álbum Revolver - The Beatles. Dois motivos: Graças a esses 4 rapazes eu passei em Marketing (Fabi tri estrategista) e eu ganhei do Rick os álbuns completos em Mp3. É a tal da sincronia, não adianta...