24 de fevereiro de 2009

A taça

Ok, acabou a função desabafo.

Só pra compartilhar a imagem que achei esses tempos no Capinaremos e que tornou meus dias mais felizes, bastando dois cliques no ícone no desktop:

(Clique para ampliar, ou não. Livre arbítrio é tudo nesse mundo de meldels =P)

Ok, não sei se todo mundo acha, mas eu ri MUITO vendo isso.


-> Cada louco com sua loucura. E em breve eu voltarei.

19 de fevereiro de 2009

Carnaval

É, taí.

Escondam-se. Fujam para as colinas, ou para debaixo das cobertas. Não esqueçam de ligar o ventilador, para não morrer de calor. Levem consigo seus fones de ouvido. E músicas altas, bem altas.

Desliguem a tv. Não, transmissão do Carnaval do Rio de Janeiro ou o de Porto Alegre com suas (agora poucas, antes que me matem por não dizer isso) latinhas de Nescau na bateria não é a melhor opção. Fechem as janelas. Eu já falei dos fones de ouvido?

Ou não. Bebam até cair. Mas até cair, senão não tem graça. Pulem. Comemorem, o que eu ainda não sei. Cantem antigos sucessos do Axé Music. Sacudam-se. Usem camisinha. Ninguém tá querendo um aumento na população lá em novembro.

Fantasiem-se. É uma das poucas oportunidades de fazer isso no ano. Tirem fotos ridículas. Postem todas elas nos Orkuts e Fotologs, pra alguma coisa tem que valer toda a produção. Não, para a festa em si não é, pois na metade do caminho já não existe fantasia nenhuma e o nível de álcool será tão alto em todas as pessoas ao seu redor que não fará diferença alguma.

Sumam do mapa. Ou apareçam até no Google Earth. Não, não existe meio termo.

Até a volta. \o.

11 de fevereiro de 2009

No Plans

"Aliás, se persistíssemos em afirmar que as nossas decisões somos nós que as tomamos, então teríamos de principiar por dilucidar, por distinguir, quem é, em nós, aquele que tomou a decisão e aquele que depois a irá cumprir, operações impossíveis, onde as houver. Em rigor, não tomamos decisões, são as decisões que tomam a nós. A prova encontramo-la em que, levando a vida a executar sucessivamente os mais diversos actos, não fazemos preceder cada um deles um período de reflexão, de avaliação, de cálculo, ao fim do qual, e só então, é que nos declararíamos em condições de decidir se iríamos almoçar, ou comprar o jornal, ou procurar a mulher desconhecida."

José Saramago - Todos os Nomes
Página 42 (perseguição, perseguição)

Tempos atrás eu adotei a política do 'No Plans': sem planos, sem traçar muitos objetivos, sem nada. Nada dá muito certo quando a gente planeja, então não adianta, simples assim. Aí eu lia o mestre Saramago e achei esse trecho. Perfeito, perfeito. Ou não.

'Um bom dia pra você e até amanhã', disse a apresentadora do Globo Rural. Era como se ela adivinhasse que, no dia seguinte, eu também estaria acordada às 6h30 da manhã, sem conseguir dormir. Nos últimos dias, tenho andado com uma dificuldade imensa para encostar a cabeça no travesseiro e pegar no sono, talvez porque eu ande pensando demais. Desde a tão famosa formatura, os motores desaceleraram e essa lentidão com que as coisas andam tem me deixado um tanto paranóica - como se normalmente eu já não fosse.

E aí entra o No Plans. Essa ausência de objetivos tem me dado um vazio imenso, e mesmo assim eu não tenho coragem de fazer plano algum. Foi por causa disso que, no dia 29 de janeiro, em plena manhã pré-formatura, eu chorei. E chorei muito, dois ataques de desespero inúteis, por receio de quebrar todos os vínculos que eu mantinha até então. Bobagem. Continuo mantendo, salvo poucas exceções. Mas é o olhar pra frente e não enxergar nada traçado, nada pré-moldado, que me apavora.

'Às vezes é preciso dar um passo pra trás para enxergar o quadro todo', disse um amigo meu esses dias. Aliás, se não fosse esse e mais outros 4 amigos que, de uma forma ou de outra, me fazem companhia, talvez eu já estivesse bem pior. E são as distrações, as fotos, as longas conversas antes de dormir (ou logo ao acordar, depende do lado da linha telefônica), as risadas, os links, as janelas do MSN e até os jogos de futebol com café e pão de queijo o que mantém a minha mente um pouco menos alucinada, um pouco menos confusa, um pouco menos catastrófica. Ou não. Mas vale a pena mesmo assim. Enfim, tudo isso para dizer andei pensando, que estou sendo obrigada a pensar e pensar demais, por mais que eu tente fugir disso. E eu descobri que eu odeio pensar. Adoro amebas.

'O que não pode ser resolvido, resolvido está', disseram três coisas diferentes que eu andei lendo por aí afora. E eu não sei se isso pode ser seguido à risca ou não, e isso me faz pensar e pensar é realmente uma coisa cansativa. E o cansaço me dá vontade de sair por aí, de fugir. E para fugir é preciso uma válvula de escape, ou um lugarzinho qualquer mesmo. E achar esse lugar depende de outros fatores. Que dependem de planos.

Coisa que eu não quero fazer tão cedo.


P.S.¹: Post emuxinho e desabafante. To indo pra Capão Novo (sem fugir, o que é uma pena) e deixei programados alguns posts pra esse meio tempo, que - lógico - não farão tanta diferença assim.
P.S.²: Muito obrigada Casal, Fer, Chai e João. Pessoinhas que fazem sim, muita diferença.