25 de dezembro de 2007

Uma noite

Ela abriu os olhos sem querer se movimentar. Acordou sem vontade de levantar. Mas ela sabia que as melhores noites eram as dos dias em que não tinha coragem de sair da cama. E se levantou.

A tarde passou. Ela se dirigiu à casa de sua madrinha, naquele calor de 16 de dezembro. E quando errou o caminho, pensou mais uma vez em não sair pela noite. Pensou, mas logo deixou de pensar. Talvez ainda valeria a pena ir no aniversário de sua amiga.

Ela chegou atrasada ao local de encontro com sua colega e ainda assim era cedo demais para chegar ao aniversário. Ou não, mas não foi nisso que elas pensaram. As ruas da Cidade Baixa acolhiam centenas de colorados, que comemoravam com antecedência a vitória da manhã seguinte. Entre eles, um morador de rua, já alterado pela bebida em excesso, que tentou assaltar as duas garotas que caminhavam pela Lima e Silva. E, nessa hora, ela se questionou se realmente deveria ter saido nessa noite. Mas ignorou os pensamentos ruins e foi com sua amiga ao local do aniversário.

Elas entraram. Subiram as escadas. Muitas pessoas, mas nada da amiga aniversariante. Na tv, algum DVD de música, com o som abafado pelas vozes altas dos jogadores de sinuca. Pararam, procurando com o olhar algum sinal, prestando atenção nas vozes. E ela ouviu uma voz que lhe era familiar.

No fundo, depois de duas mesas de sinuca, estava a aniversariante de pé, sorridente e gesticulando ao falar. Sentado a sua frente, um rapaz de camiseta azul-marinho. O rapaz que, segundos depois, olhava para ela, que se aproximava desviando das mesas e jogadores.

O rapaz que a salvaria do caos em que sua vida se tornara.

Ela abriu os olhos sem querer se movimentar. Acordou sem vontade de nem de respirar. Mas ela sabia que tinha que se levantar, se arrumar e ir para a auto-escola e para o trabalho pela tarde. E que, ainda mais tarde, ela encontraria o mesmo rapaz da camiseta azul-marinho e que juntos iriam ao mesmo lugar de um ano atrás. E que, um ano depois, ela é uma mulher realmente feliz. E ela sabe que ele é o responsável por isso.

E se levantou.

12 de dezembro de 2007

In Rainbows


Dããã. Isso que dá olhar Globo Reporter: descobre-se a existência do Periquito Arco-Íris. =P

Pois é, um post pra dizer que tô viva, vivíssima. Pra dizer que eu escreverei mais seguido e que antes do fim do ano o post (quase pronto) sobre música ainda sai. E o post dedicado pras gurias (pseudo-família de netas e filhas e genras) também.

Que muitas coisas vão mudar, creio eu. Voltarei eu para o tédio sem remédio dos dias sem grana pra nada. Ou não. Se bem que não tá muito longe disso.

Que, em breve, muito breve, ali no canto superior surgirá mais um link. Ou sim.

Que eu preciso descansar, coisa que eu ainda não consegui. E preciso voltar à vida e ver as pessoas que, durante os últimos meses, muitas vezes já me ouviram dizer que eu ia dar um jeito. Acho que dessa vez eu consigo.

... Ou seja: um post pra absolutamente nada. Só pra dar um olá. Olááá!! \o.

Ouvindo Quem Não Sou - Pato Fu. Não, sem mensagens subliminares por aqui. Não hoje. =P