31 de dezembro de 2009

Retrospectiva clichê de 2009

Eu estava procurando um início. Não sou muito boa em inícios, ou em meios, ou em finais, às vezes eles surgem, às vezes não, mas o certo é que eu nunca tenho os três assim, simultaneamente. Aí eu escrevi uma frase, em uma dessas janelas piscantes de msn, inserida em um contexto qualquer que não tem relação nenhuma com um post de fim de ano.

-' Fabi '- diz (00:30):
mas fazer o quê?

E a resposta foi "é o que eu me pergunto todo dia". Aí percebi: pronto, é esse o start. "Mas fazer o quê?" responde perfeitamente todos os fatos do meu ano. Com certeza 2009 foi um ano muito, muito longo. Um ano que não se pode dividir em partes, nem juntar períodos semelhantes, ao menos para mim. Loucura eterna, reviravoltas mil, mais ainda do que em 2008. Paro para pensar em tudo o que aconteceu e me perco em datas, fatos, coisas todas que parecem que ocorreram há muito tempo atrás. E eu achando que 2008 tinha sido maluco...

Mas fazer o quê, né?

Dois mil e nove foi o ano em que eu me formei como "Bacharel em Hotelaria". Parece que o dia em que eu cozinhei dentro daquela maldita toga foi, sei lá, em 2007. Parece muito tempo, mesmo, mas não faz nem um ano. E eu aqui, na função toda de fim-de-ano-com-família-em-São-Gabriel, mostrei o vídeo da formatura para minha tia que não conseguiu ir. Auto-sabotagem total. Há alguns dias atrás eu nem conseguia lembrar do nome das outras 15 gurias que se formaram comigo. Quinze. E eu não conseguia lembrar de todas. Rever toda aquela cerimônia foi semelhante a reviver aquele dia, aquela época, resumindo, não foi legal. Muita coisa mudou de lá para cá, talvez para pior, o que me fez por alguns minutos querer voltar no tempo. Mas só por alguns minutos mesmo, não passaria por todo o ano de novo por causa de um dia. Não valeria a pena.

Mas fazer o quê, né?

Ver o vídeo de formatura me fez pensar no ano todo, cada mês, cada coisa importante (ou nem tanto) que aconteceu. Mais ou menos o que eu queria fazer para escrever esse último post de 2009, mas com outra perspectiva: "Por que não repetir 2009?". Claro, coisas MUITO boas aconteceram, como o show do Radiohead, como férias malucas na casa de uma maluca que conheci em um show e com mais uma maluca junto, enfim, coisas que creio que já falei aqui e que não tem necessidade de repetir. Outros, digamos, acontecimentos, eu não gosto nem de pensar. O que, lógico, eu acabei fazendo. Auto-sabotagem total [2]. Pensar em uma data que eu gostaria que ficasse "marcada" por motivos bons, mas que acabou virando "marco" para o fim da, digamos, confiança em alguém. O que também não tem necessidade de expor aqui. Acho que coisas boas e ruins tem pesos diferentes e, na hora de por na balança, o ponteiro pende para o lado negativo.

Mas fazer o quê, né?

Não vejo todo mal nisso. É assim que as pessoas amadurecem, creio. É com o acúmulo de experiências ruins para derrubar toda e qualquer esperança no que vem pela frente e com as pessoas certas para te ajudar a seguir mesmo assim. E isso, companhia, eu tive. Várias, em vários momentos e várias situações diferentes, mas tive. Mas enfim, acho que amadureci um tanto esse ano. Precisei. Fiz muita bobagem e por momentos eu agi como criança mimada que nunca tinha sido, acabei estragando coisas importantes, me lamentei feito louca e bum! Muita coisa mudou, precisei parar e começar do zero para ver para onde ia. E fui. E nisso eu cresci, creio. Não que eu não sinta falta "daquela época" em que eu não precisava me preocupar com nada, e não, não falo de infância. Coisa de dois, três anos atrás.

Mas fazer o quê, né?

E por falar nisso, acho que o melhor objetivo que eu posso ter para 2010 é simples: ignorar pessoas. Dois mil e nove também foi um ano de... decepções, talvez. Gente que eu quero aprender a ignorar como já fiz outras vezes, com outras pessoas. E sim, eu sei, isso parece muito extremista, mas garanto, é muito melhor quando tu esquece da existência de quem não é necessário. Dois mil e nove foi tão absurdo que eu, aqui na ponta do calendário que está prestes a virar a folha, não consigo ainda definir se foi um ano bom ou ruim. Foi longo. E só. Tampouco sei dizer o que eu espero desse ano que virá, daqui a algumas horas. Ainda acho melhor não fazer tantos planos, apesar de estar fazendo alguns, melhor não pensar. Só espero que esse próximo ano seja mais curto. Assim como meus próximos posts, para não me prolongar tanto assim. E que 2010 seja mais tranquilo. Mesmo achando que não será.

Mas fazer o quê, né?

1 comentários:

Belle disse...

É... mas fazer o quê, né?

Que 2010 seja mais curto já é um desejo de bom tamanho. .saca

Também não sei se foi bom ou ruim. Mas sei que queria que ele fosse embora, por mais que tudo que mude seja a folhinha do calendário voando por aí afora.

É...