13 de janeiro de 2009

Cabeça caótica

Tinha tudo pra dar errado. Pensei em ir, depois pensei se deveria ir, depois achei 1000 motivos para ficar, mas achei 1001 motivos para ir, talvez até fossem os mesmos, só a indecisão que complicava tudo. Até que uma amiga perguntou: "Fabi, o que vai te acontecer nessa viagem, que todo mundo tá se despedindo de ti?". Respondi aquele "Pois é, não sei" básico, mas fiquei com aquilo na cabeça até que pronto! Taí: vou acabar morrendo na estrada, o ônibus vai entrar no trânsito infernal de Vila Nova e vai bater e deu, já era.

Não. Não bateu. Quatro horas e meia de viagem e eu cheguei em São Gabriel. Intacta. Inteira. Aí eu começei a pensar no que faríamos nos próximos dias, e pensar e pensar e pensar, até que meu primo-irmão-gêmeo nos levou pra sair e me fez parar de pensar. E, sem ter de pensar muito, saímos dia sim e dia também e de voltas e voltas no Bobódromo e de copos e copos de cerveja levantados eu nem vi o tempo passar e chegou o tal do dia 24. E tinha tudo pra dar errado.

Não deu. E da péssima pseudo-festa de família - imagem criada não só por mim, mas pela maioria dramática e catastrófica dos Oliveira - nasceu a festa mais bacana, mais trash, mais engraçada dos últimos tempos naquele prédio antigo da Mascaranhas de Moraes, regada a músicas e danças e bebidas e fotos e flashs, mas seguida de uma saída noturna com show de uma das piores bandas que vi tocar em 2008. Enfim, é a vida.

Os dias se passaram, a paranóia tomou conta, as conversas se prolongaram (as risadas e as conversas sobre a vida alheia também), o sono da madrugada realmente foi embora, deixando a manhã livre para dormir tudo que se tinha direito; os copos foram virados, os filmes foram alugados, a paranóia foi esquecida. E chegou o dia 30 e o dia 31. E tinha tudo pra dar certo.

E a festa foi sem graça. Ou, no mínimo, sem a empolgação da festa de natal. Aí saímos, sem esperança nenhuma de que fosse bom. E foi, apesar da banda que tocava. Mas eu ri, eu dancei (meldels), eu tive ótimas companhias, enfim, eu encerrei muito bem o ano que já estava mesmo na hora acabar. E acabou. E eu fiquei em Sanga City por mais tempo do que era previsto, pois eu tinha um medo absurdo de voltar e tinha receio e coloquei na cabeça que tudo ia desabar quando eu voltasse. Mas meu pai já dizia que tudo é questão de calendário e que é bobagem se preocupar. E eu voltei.

Disse que não ia mais fazer planos e, quase sem querer, estou fazendo. Perdi minha dinda logo que voltei e, fora isso, as coisas continuam da mesma maneira que eu deixei, inclusive a bagunça no meu quarto, que isso sim poderia mudar. Toda a loucura e a paranóia foi em vão, mas enfim. Tudo é uma questão de antecipar fatos, mesmo que eles nem cheguem a acontecer.

E nisso eu sou mega master expert.

7 comentários:

M. disse...

festas :O
e os presentes? festas são momentâneas, mas presentes são eternos /drama Q

e diga mais sobre os planos, fiquei curioso 8D

Anônimo disse...

eu sempre digo pra mim mesma "no paranoia, no bad dreams", mas já faz tempo que eu cheguei a conclusão de que, em mim, isso é inevitável.
e eu também pensei em nao fazer planos, porque com eles vem toooda a paranóia, entusiasmo, decepção, etc, etc mas também é inevitável. Então o que eu realmente estou pensando, no momento, é o simples "foda-se".
iueahiuaehauehieaea
:}
beeeijos.

Fernanda disse...

vc é creisi :O garota enlouquecida.
quando tiver mais festinha da família Oliveira pode convidar a mad aqui (mad., saca? [tudo questão de tempo])
essa viagem te fez bem! =DD
tá mais feceirinha! nhunhu
mudando de assunto.. já arrumou a bagunça do teu quarto? :O (se sim, ajude arrumas a do meu =D )

Fernanda disse...

em tempo:
faceirinha*
arrumar*

cintilante disse...

pseudo-diário de bordo sempre rende alguma história.

Gustavo disse...

E dá-lhe breja na chopperia (que não tem chopp)

É o natal foi MARA!hehehe

Já to com saudades...

cintilante disse...

estás lá tbm!
beijobeijo