Aos poucos
Aos poucos,
pelos vãos dos dedos,
pelos nãos dos medos,
pelas mãos dos ledos,
pelos sãos dos credos;
perdemos um pouco
do tudo que temos.
E nos escondemos no sorriso mudo dos profetas,
na esquálida esperança das garrafas vazias.
Porque perdemos tudo:
as praças, as taças e os brinquedos;
assim,
pelos vãos dos dedos.
Marcelo Lopes
(Poemas no Ônibus - 16ª edição)
Há 5 anos
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